Aqui no Brasil a equação educação e atleta de alto rendimento não tem solução. Educação é sempre deixada em segundo plano. Em um determinado momento, o atleta se depara com a seguinte escolha – estudar ou seguir a carreira como atleta.
Para ser atleta de alto rendimento é preciso escolher entre o esporte e os estudos. Não é possível ser um atleta com formação educacional?
Este discurso, em algum momento, era convincente. Conciliar estudos com a alta carga de treinamento era praticamente impossível. Entretanto este discurso perde força nos dias atuais. Hoje, com toda a modernidade e expansão das ferramentas de ensino a distância, facilidades que a tecnologia nos proporciona, não pode ser aceitável. Infelizmente, tais ferramentas ainda não foram incorporada pelo mundo esportivo.
O Brasil ocupa o 54º lugar em educação, entre 65 países avaliados (PISA). Educação deveria ser uma prioridade em nosso país, mas infelizmente, estamos muito distante de um cenário aceitável. Porque não aprender com o nosso vizinho Chile onde o lema é “Não existe nada mais importante do que educação.”
O esporte é fundamental para a nossa cultura e economia. O Brasil é reconhecimento mundialmente pelo esporte, um dos nossos grande valores. O esporte está presente no nosso DNA. Porque não nos apropriarmos deste reconhecimento internacional para impulsionarmos ainda mais nossa representação seja no cenário local quanto no cenário global? Por que não lutarmos para que estes atletas heróis que representam nosso país recebam um educação a altura do sua representatividade nacional e internacional? Por que não criarmos mentes pensantes que servirão de exemplos para os nossos jovens?
É preciso que as instituições e responsáveis pelo esporte no país reconheçam a importância da educação como um fator chave para o desenvolvimento de um atleta equilibrado. Precisamos criar projetos de incentivem a educação para atletas de elite permitindo sucesso dentro e fora dos campos e quadras.