Donald Trump: o retrato de uma péssima liderança

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Desde que Donald Trump assumiu a presidência dos EUA, ele tem se tornado destaque nos jornais. Em pouco mais de 200 dias no poder, já aconteceram inúmeros retrocessos de avanços sociais que demoraram anos para serem conquistados. No entanto, o que aconteceu no dia 13 de agosto de 2017 em Charlottesville confirmou a incapacidade de Trump de exercer uma boa liderança para o país e despertou ainda mais as diferenças na sociedade americana.

De acordo com o jornal El País, a “ideia de uma América pós-racial, que se vislumbrou quando pela primeira vez um afro-americano chamado Barack Obama chegou à Casa Branca, a de uma era na qual a questão da raça passaria a um plano secundário, se mostrou rapidamente fantasiosa”.

A marcha dos supremacistas de Charlottesville resultou na morte de Heather Hayer, manifestante antirracista, que foi atropelada por um carro que foi lançado propositalmente contra os manifestantes antifascistas e que, supostamente, era conduzido por um jovem supremacista. Com isto, era esperado que o presidente se posicionasse perante o acontecimento de violência racial. No entanto, ele fez um discurso em que culpava ambos os lados pela violência e não citou o acontecimento como sendo um ato racista, o que lhe causou muitas críticas.

No dia seguinte, a Casa Branca tentou consertar o discurso do presidente culpando os supremacistas brancos e citando o acontecimento como “violência racista”. Mas já era tarde demais. Como a primeira impressão é sempre a que fica, o governo já tinha sido abalado e a ideia que ele tinha passado para as pessoas era de que o mesmo apoiava os supremacistas e neonazistas.

Toda a questão negativa levantada neste e nos acontecimentos anteriores de sua presidência revelam uma questão que já foi abordada por nós em outros artigos, que é justamente a questão da imagem. No artigo “Imagem negativa: os problemas que ela pode causar em sua carreira”, citamos a seguinte frase “uma imagem negativa arranha a reputação de toda a empresa” e é exatamente isto que está acontecendo no governo americano. De acordo com a revista IstoÉ, Trump ficou isolado depois de declarações sobre acontecimento em Charlottesville e, citando o jornal The New York Times, a IstoÉ afirma que o “cerne do problema não está ligado à composição da equipe presidencial: está ligado ao homem que está no topo”. Vemos ai, então, um problema de liderança!

Esta imagem negativa se agrava com as inúmeras declarações dadas pelo presidente no Twitter. Segundo o jornal Público de Portugal, nos “tweets de Trump, os negros são acusados de racismo três vezes mais do que os brancos” e boa parte destes tweets “serviam para, explicitamente ou implicitamente, negar que ele próprio seja racista”. Então, além disto demonstrar uma questão de valores do líder que está no poder, pode-se perceber que a imagem negativa também repercute nas redes sociais.

Com isso, é sempre bom lembrar que as postagens são públicas — outras pessoas verão além de quem será atingido. Ter uma imagem negativa nas redes sociais pode abalar completamente sua imagem diante de clientes. Então, uma das lições que tiramos deste ‘caso Trump’ é:  evite crises de imagem nas redes sociais.

Como prova de que uma imagem negativa pode acabar com uma carreira, gostaria de retomar uma matéria do jornal O Globo que li antes do acontecimento em Charlottesville, que dizia: “75% dos americanos não confiam no que diz a Casa Branca de Trump”. Ou seja, o presidente não passa confiança quase que nenhuma aos seus eleitores.

Além disso, a matéria também dizia que mais da metade dos americanos desaprovam a conduta de Trump no governo, o que demonstra um problema sério de comportamento. E, como sabemos, se você tem um comportamento negativo, você terá uma imagem negativa. Uma coisa está atrelada a outra!

Como afirmou a revista britânica The Economist, “Donald Trump não tem compreensão do que significa ser presidente” e está longe de ser o “salvador da República” porque “é politicamente inepto, moralmente estéril e inadequado, por temperamento, ao cargo”.  Resumindo, a questão de Trump é um retrato de tudo de negativo que devemos evitar se quisermos nos tornar bons líderes.

Como já falamos anteriormente em outro artigo, duas coisas importantíssimas para ser um bom líder é: empatia e coerência. Exercer uma liderança empática é prezar por coerência. Ou seja, o líder empático é aquele que lidera pelo exemplo. E é isto que está faltando a Trump.

Lembre-se: as empresas não querem manter na organização alguém que esteja desalinhado com o comportamento positivo da corporação. Nestes casos, é melhor perder um funcionário do que um cliente.

*Por: Camille Reis

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Patricia Dalpra é Estrategista em personal branding e gerenciamento de carreira.

O trabalho que Patricia Dalpra desenvolve surgiu de uma vontade e de uma certeza: vontade de levar pessoas e empresas a crescer, alcançar seus objetivos de negócios e de imagem e se relacionar melhor com outras pessoas e empresas; e certeza de que um trabalho estruturado de gestão de imagem e carreira é um dos melhores caminhos para se chegar lá. Ao longo de mais de uma década, a Patricia Dalpra já trabalhou para centenas de profissionais, executivos, empresários, atletas, instituições e empresas.

Specialties: Gestão de imagem, gestão de carreira e coaching. Personal branding, branding executivo, brand on, brand off, estudo do dna pessoal e corporativo e comunicação.