O Esporte e Sua Influência no Consumo

Os eventos desportivos internacionais podem fortalecer a identidade nacional, promovendo a unidade, o orgulho e um sentimento de pertença entre os cidadãos. Os Jogos Olímpicos ou o Campeonato do Mundo da FIFA, servem frequentemente como uma plataforma para as nações mostrarem o seu património cultural, valores e realizações. Isto pode fomentar um sentimento de orgulho nacional e de unidade entre os cidadãos, à medida que estes se unem em apoio das suas equipas nacionais ou atletas. A experiência partilhada de torcer por uma causa comum pode criar um sentimento de pertença e reforçar a identidade nacional.

Além disso, estes eventos envolvem frequentemente símbolos e rituais profundamente ligados à identidade nacional. Por exemplo, a execução do hino nacional, a exibição da bandeira nacional e o uso das cores nacionais por atletas e adeptos podem servir para reforçar a identidade nacional. Estes símbolos e rituais podem evocar emoções fortes e criar um sentimento de ligação entre os cidadãos, independentemente das suas diferenças individuais.

O impacto do nacionalismo é multifacetado; estende-se para além da política, abrangendo esferas socioeconômicas e influência no consumo nacional. O nacionalismo pode servir de impulso ao crescimento econômico, promovendo as indústrias nacionais e incentivando a autossuficiência.

Exemplos

Um exemplo significativo pode ser encontrado na Copa do Mundo de Rúgbi de 1995, realizada na África do Sul, logo após o fim do apartheid. Nelson Mandela viu este evento como uma oportunidade para promover a unidade num país racialmente dividido que ainda luta com o seu passado.

A decisão de Mandela de vestir a camisola do Springbok, tradicionalmente associada aos africânderes brancos, antes de entregar o troféu a François Pienaar – capitão de uma equipa sul-africana maioritariamente branca – desencadeou fortes emoções nacionalistas que uniram os cidadãos através de linhas raciais sob um sentimento partilhado de “sul-africanidade”. Esse exemplo demonstra como os grandes eventos desportivos podem suscitar sentimentos nacionalistas poderosos, influenciando os cenários sociopolíticos, tanto a nível nacional como internacional.

Nos últimos anos também vimos o termo “Brazil Core” vir com tudo nas redes sociais. Não faz muito tempo, o mundo inteiro estava pintado de verde e amarelo. Em parte pela grande expectativa de valorizar a arte de jogar futebol promovida pela seleção brasileira nas Copas do Mundo. Porém, a febre da estética brasileira, desta vez, não foi culpa apenas dos atletas brasileiros, mas sim também influenciadores da moda global e de suas famosas tendências nas redes sociais.

Ou seja, “brazil core” consiste basicamente em promover a essência brasileira através da divulgação de símbolos nacionais em roupas e acessórios. Nas fotos e vídeos que viralizaram, as fashionistas usaram roupas da própria CBF com pequenos detalhes como estampas de arara-azul, geralmente com a presença de músicas populares sertanejas ao fundo.

Influenciadores no Esporte

Na verdade, o esporte pode servir como um instrumento poderoso para promover a identidade nacional e a coesão global, se for aproveitado de forma adequada. O futuro deverá ver o esporte não apenas como competição entre nações, mas também como oportunidades de diálogo, compreensão e respeito mútuo entre diversos países em todo o mundo. Além de uma forma de impulsão no consumo visando essa expressão cultural

Os esportes evocam emoções fortes, criam memórias duradouras e unem as pessoas para torcer por uma causa comum. E nos últimos anos, os esportes colidiram com a cultura pop, sendo mais uma influência quando se trata do consumo. 

Esta atração emocional e cultural para o esporte é a razão pela qual é quase difícil de acreditar no envolvimento recente. 200 milhões de telespectadores assistiram a pelo menos parte do Super Bowl em todas as redes, a maior audiência total não duplicada da história e um aumento de 10% em comparação com o Super Bowl do ano passado.

As Olimpíadas de Tóquio em 2020 atraíram impressionantes 3,6 bilhões de espectadores em todo o mundo. No Instagram, Cristiano Ronaldo é o indivíduo mais seguido do mundo, superando as Kardashians e Beyoncé. Sua conta tem mais de 621 milhões de fãs.

Com tantos eventos esportivos monumentais este ano e bilhões de fãs assistindo a eles, as marcas têm uma oportunidade de ouro de se conectar com novos clientes. Para milhões de pessoas em todo o mundo, os atletas são ídolos que representam integridade e credibilidade. Eles não podem “ser comprados” porque têm um objetivo maior. Os usuários sabem que quando um atleta veste, come ou usa um determinado produto, ele realmente acredita nele, dando credibilidade imediata às marcas.

É por isso que as colaborações entre criadores podem ser poderosas no marketing para fãs de esportes. Não se trata apenas do alcance que os atletas podem oferecer – trata-se da confiança.

Conclusão

Nos últimos anos, o esporte foi além do puro entretenimento. Eles têm contribuído para a mudança social e a equidade, e as marcas têm a oportunidade de mostrar o que representam com suas parcerias e aquisições de mídia. Em um ano Olímpico, com certeza veremos muito da moda sendo influenciada pelo patriotismo. Além também de termos os principais atletas mundiais no foco como influenciadores de marcas importantes.

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Patricia Dalpra é Estrategista em personal branding e gerenciamento de carreira.

O trabalho que Patricia Dalpra desenvolve surgiu de uma vontade e de uma certeza: vontade de levar pessoas e empresas a crescer, alcançar seus objetivos de negócios e de imagem e se relacionar melhor com outras pessoas e empresas; e certeza de que um trabalho estruturado de gestão de imagem e carreira é um dos melhores caminhos para se chegar lá. Ao longo de mais de uma década, a Patricia Dalpra já trabalhou para centenas de profissionais, executivos, empresários, atletas, instituições e empresas.

Specialties: Gestão de imagem, gestão de carreira e coaching. Personal branding, branding executivo, brand on, brand off, estudo do dna pessoal e corporativo e comunicação.