Fiquei pensando muito para encontrar um tema interessante para abrir minha coluna em 2014.
Entrando no grupo de debate sobre Personal Branding do qual faço parte, este título me chamou atenção. Me apropriei do tema e comecei a pensar sobre como desenvolver algo interessante. Como muitos dizem, quando jogamos uma ideia no ar, o universo começa a conspirar a nosso favor! Pois bem, neste domingo, lendo o jornal o Globo, li duas matérias muito ligadas ao tema aqui proposto. Martha Medeiros que é colunista, jornalista, escritora e poetisa, fala em sua coluna sobre “Realidade e percepção”, tema ligado à imagem. E no Segundo Caderno, a outra matéria “Verdadeiro ou falso? Marginal de mentirinha”. Uma análise sobre as encrencas do Justin Bieber e o posicionamento da sua marca pessoal.
Um prato cheio! Adoro discutir sobre estes dois assuntos.
Pois bem, pergunto a vocês, marca pessoal é modismo ou necessidade?
Neste sábado estava tomando café com uma cliente e uma amiga e ex-aluna, e falávamos sobre os mais variados temas até que uma delas falou, “agora chegou a hora de começarmos a trabalhar para criar a minha marca pessoal”. Este é o equívoco que a grande maioria das pessoas cometem quando se referem à marca pessoal. Todos nós temos uma marca que é construída dia após dia. O ponto de partida de todo o processo é a percepção que os outros tem de nós. Como somos visto aos olhos do outro. Concordo com a Martha Medeiros quando ela menciona na sua coluna que “percepção é algo que se constrói dia após dia, e que uma vez consagrada, é difícil de mudar.” Precisamos cuidar da nossa imagem porque a todo instante estamos sendo percebidos por pessoas do nosso convívio ou novas pessoas. Estamos criando a primeira impressão a todo instante ou estamos reforçando a imagem que as pessoas já criam sobre nós e a aprtir daí começam e utilizam adjetivos para nos descrever. É como se criassem um rótulo em cada um de nós, tais como – simpático, agressivo, inconveniente, inteligente, fofoqueiro, safado, entre outros. Determinados rótulos podem ser positivos mas não podem ser vistos como únicos. Este processo da rotulação é a definição da marca pessoal involuntária, ou seja, deixamos que os outros definam quem somos. Não temos o controle do que estamos mostrando e por isso, passa do estágio da percepção. Os adjetivos escolhidos por terceiros se definem como os atributos da marca.
Ainda continuando com o tema que estamos discorrendo, passo para a matéria sobre o Justin Bieber. Alguns defendem a teoria que este novo comportamento pode ser uma jogada de marketing para construir uma nova marca para o cantor. Concordo que em muitos casos esta seja uma estratégia que funcione. Temos o exemplo da Miley Cyrus que está mostrando um lado bem bad girl através de uma mudança profunda de comportamento. Todo o processo de gerenciamento de marca pessoal – personal branding, está diretamente ligado ao comportamento e consequentemente à reputação. Miley Cyres deixou de ser aquela adolescente certinha para se tornar uma jovem rebelde. Neste caso eu concordo com a estratégia. Mudança de comportamento, mudança de percepção da imagem e consequentemente uma nova marca pessoal. No caso de Justin Bieber não acredito que aconteça o mesmo pois, o que percebemos é a transformação de um ídolo em praticamente um marginal fichado na polícia. Em todo o processo de gerenciamento de marca pessoal partimos de valores presentes no indivíduo. No caso de algumas pessoas públicas, tais como artistas e políticos esta construção tem como ponto de partida unicamente sua audiência. Não importa a essência da pessoa e nem o seus valores. O que está em jogo é atingir seu público alvo. No caso de Bieber, existem vários valores e comportamentos que podem ser impressos no seu dia-a-dia que não seja o de transformá-lo naquilo que ele está se tornando – um grande problema. No seu caso acredito que este seja mais um dos inúmeros casos que já vivenciamos com atores, cantores, atletas e gente como a gente. Falta de estrutura para viver uma nova vida onde nem sempre é fácil manter-se fiel aos seus valores.
Respondendo a pergunta feita lá no começo. Marca pessoal não é modismo mas sim uma necessidade. Precisamos ter consciência de que somos e onde queremos chegar. Como Martha falou, uma imagem vale mais do que mil palavras mas para mudar uma percepção equivocada ou negativa, serão necessárias muito mais do que mil palavras. Não podemos ser aquilo que os outros determinaram que sejamos. Inverta o processo, faça os outros pensarem que você é aquilo que esta verdadeiramente em sua essência. Tenha o controle da sua marca pessoal.
Abaixo segue o vídeo da atriz e cantora americana Amanda Bynes, uma menina que se transformou em garota-problema.
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Segue o link da matéria Verdadeiro ou falso.
http://glo.bo/1aSWErA