1
Aqui se faz, aqui se cobra – Saber precificar o seu trabalho é indispensável para ser freelancer. Um bom começo é pesquisar o mercado, sondar o público e a concorrência, consultar colegas e mentores. Com o tempo, você montará a sua própria tabela de preços. Mas é importante ter atenção a um erro comum: basear a precificação em quanto você gasta para fazer cada serviço ou no quanto precisa para viver. Segundo a consultora financeira Denise Damiani, o valor do seu trabalho deve ser estabelecido somente a partir da percepção de valor do que você entrega. Ela recomenda um método para chegar a essa resposta: descrever o serviço de maneira detalhada, incluindo o que você faz e sua qualificação. Depois, perguntar a 20 pessoas sobre o quanto elas pagariam por ele, ainda que não estejam interessadas em contratá-lo agora. O quanto você deve cobrar, segundo Denise, é uma média dos valores intermediários, depois de excluídos os números mais baixo e mais alto da sondagem. Em tempos de pandemia, vale mais uma observação: baratear desproporcionalmente os serviços para atrair a clientela pode parecer atraente para tapar buracos no começo, mas no longo prazo não é uma boa ideia. Segundo Alan Soares, criador da página de organização financeira Boletinhos, praticar preços muito baixos é ruim em dois sentidos. “Tanto para a pessoa como para o mercado como um todo. Quanto mais pessoas fazem isso, mais se acha normal pagar muito pouco por um serviço que seria mais caro. Precisa ter um equilíbrio nos preços praticados, e não desmerecer o próprio trabalho”, explica. Inclusive para não ter problemas na retomada de preços originais quando o cenário melhorar.
2
Cuide do seu tempo – Horários regrados para evitar a procrastinação e uma lista de tarefas elencadas por prioridades vão melhorar sua produtividade e impedir que você caia na armadilha de sair do trabalho sem que ele saia de você. O empresário britânico Richard Branson, fundador do grupo Virgin, por exemplo, tem o hábito de fazer listas para cada dia. Elas têm afazeres, mas também novas ideias para os negócios. E as tarefas objetivas depois são compartilhadas em ferramentas como o Wrike, para facilitar a distribuição do trabalho para sua equipe. Gadgets, aliás, são muito bem-vindos na vida de freelancer: existem aplicativos para administrar o tempo, como Toggl, o Rescue Time e o aplicador online da técnica pomodoro. Evernote, Wunderlist e Trello são ferramentas que podem te ajudar a gerenciar suas tarefas. O mesmo vale para o Asana, caso você precise gerir uma equipe remotamente (aliás, pensar em distribuir o trabalho, como freelancer, pode ser um bom jeito de dar conta do recado). A gestão da vida pode ser parecida com a de uma empresa, embora haja uma magia específica no trabalho autônomo: se organizar direitinho, todo mundo faz uma pausa de qualidade durante a tarde.
3
Invista na sua reputação – Ela já existe, inevitavelmente: está relacionada à percepção das pessoas sobre você. O primeiro passo para cuidar da sua marca, segundo Patricia Dalpra, estrategista em personal branding e carreira, é mapear seus talentos e habilidades, pensar em como você se vê e como gostaria de ser visto. É importante investigar que reputação tem nos meios em que circula – ajuda perguntar a colegas e a pessoas próximas. Estudar a concorrência e o público-alvo também é essencial na hora de trabalhar a própria marca. “Com conhecimento de mercado, temos condições de oferecer algo mais customizado e direcionado ao cliente. E ele não se importará em pagar mais pelo que está adquirindo se a sua marca representar um valor agregado ao produto”, explica Patricia. Também não basta, segundo ela, ter uma marca estudada e bem posicionada se o mercado não a conhece: a comunicação é um elemento determinante dentro do processo de gestão de marca e carreira. “Gerar conteúdo é uma excelente estratégia quando o objetivo é criar reputação na rede”, afirma, ainda mais agora, quando, via de regra, os encontros são remotos — uma parte deles também deve permanecer assim após a pandemia. Linkedin é uma ótima plataforma para isso, e também vale investir em estratégias para as demais redes sociais, como Instagram, Pinterest e Facebook. Mas isso só funciona se seu público estiver nelas: antes de produzir conteúdo, entenda por quais redes navegam as pessoas que buscam seus serviços.
Confira a matéria completa aqui.