Empatia, em termos bem simples, é a capacidade de colocar-se no lugar do outro, e na liderança, ter essa habilidade significa comandar considerando a equipe em primeiro lugar.
Uma empresa pode ser a mais automatizada e ter os melhores recursos do mercado, mas se sua ferramenta básica não for considerada, nada disso agrega valor a ela. Estamos falando de pessoas! Sendo assim, o sucesso nos negócios depende, sobretudo, de ter um bom processo de liderança e de valorizar a empatia no trabalho.
Saber o que é esse conceito e exercê-lo para lidar com o próximo é fundamental para que qualquer ação dê certo e, pensando nisso, trouxemos para você o significado de empatia, uma das características essenciais que um verdadeiro líder deve ter.
Pronto para ser uma inspiração como líder? Confira!
O que é empatia
Empatia é a capacidade de entender emocionalmente outra pessoa. É conseguir se colocar no lugar dela e sentir o que ela poderia estar sentindo em determinada situação. É estar disposto e se permitir entrar em contato com uma sensação que não é sua.
Demonstramos empatia quando somos sensíveis a alguém e quando nos aproximamos da forma mais verdadeira possível, sem preconceitos ou julgamentos.
Dessa forma, é mais fácil tomar uma decisão adequada e coerente. O ser humano tem essa belíssima capacidade desenvolvida, e usá-la demonstra sabedoria e maturidade.
A empatia e a performance no trabalho
A empatia é uma habilidade que todo bom líder deve ter. Ela ajuda na boa comunicação com a equipe, o que melhora o desempenho de todos no trabalho, desde o colaborador responsável por simples atividades operacionais, até o gerente que desempenha as atribuições mais estratégicas.
Levar cada um desses membros do grupo em consideração, estar próximo deles e entender o que os motiva, quais são seus desejos, crenças e valores, faz com que todos trabalhem em sintonia.
A soma das partes acaba gerando um resultado melhor do que quando cada um trabalha individualmente, aumentando de forma considerável a produtividade. Lidar com uma equipe é lidar com a diversidade, e nos deparamos a todo momento com pessoas que têm idades, gostos e opiniões diferentes.
Isso não significa que uma ideia seja melhor que outra: ao se colocar no lugar de cada um, analisando como ele chegou em determinado ponto, podemos ter grandes surpresas!
Comportar-se dessa forma é a melhor maneira de combater a nossa má tendência de pensar que todas as decisões que tomamos serão sempre as mais acertadas.
Como ter empatia com seus colaboradores
Seu colega de trabalho ficou muito chateado com a atitude de outro profissional e, por isso, seu rendimento caiu, e ele não se sente mais motivado. Se tivesse acontecido com você, você não ficaria triste, trataria o ocorrido de outra maneira, diferente do seu colega.
Para se conectar com ele, imagine uma situação na qual você ficou triste, como em uma discussão com alguém que você gosta muito. Essa é a tristeza que seu colega está sentindo; você é capaz de sentir o que ele sente. Agora tente interpretar a situação do ponto de vista dele.
Para melhor elucidar esse ponto, podemos falar de um caso mais extremo. Imagine uma situação de morte na família de um subordinado ou colega de trabalho que ocupe uma posição semelhante à sua. Quão sensível uma pessoa que tenha passado por isso não ficaria nas semanas e meses seguintes de trabalho?
Parece óbvio tratar disso, mas não é. Isso porque, em poucos dias, o seu colega que tenha enfrentado uma situação tão difícil já estará de volta ao trabalho. Também em poucos dias as pessoas não lembrarão dos últimos acontecimentos e já exigirão dele um desempenho de alguém que esteja em seus melhores dias.
Ter empatia em uma hora como essa significa adequar a demanda de trabalho de seu colega àquilo que ele tenha condições de entregar em termos de resultado. Caso a relação não seja a de patrão e empregado, corra por ele!
Dentro do possível, absorva algumas das atribuições de seu companheiro. Ele enxergará em você alguém com quem possa contar e, quando chegar o seu momento de fragilidade, ele saberá reconhecer o papel dele.
Para exercitar ainda mais esse aspecto, veja algumas dicas práticas sobre o tema.
Imagine seu colaborador como um membro importante da sua família
Pode parecer extremo ou talvez até fora do padrão, mas conseguir visualizar um colaborador como um membro importante da família é uma das melhores maneiras de desenvolver a empatia.
Afinal, mesmo que você não seja íntimo daquele familiar distante, é bem provável que suas intenções sejam as melhores e seu objetivo sempre seja em ajudar e auxiliar no que for possível.
No mundo corporativo, ter essa postura significa que cada membro da sua equipe é importante, e mesmo que não exista um laço profundo, suas intenções são sempre as melhores no momento de delegar alguma tarefa.
Essa postura auxilia no entendimento do rendimento no trabalho e pode ser uma excelente ferramenta para conseguir compreender com mais clareza as motivações e dificuldades de cada colaborador.
Outro benefício é a superação da insegurança que muitos podem ter com sua presença ou até mesmo com as novas demandas que surgem frequentemente.
Sempre que for oportuno, expresse suas preocupações
Muitos líderes apenas se preocupam em delegar. Informam os prazos e simplesmente esquecem que, no final do dia, são pessoas trabalhando que fazem tudo acontecer.
Portanto, é fundamental saber expressar suas preocupações nos momentos oportunos. Isso pode fazer com que seus funcionários também entendam seu lado e acabem desenvolvendo empatia com seu líder.
Informar a razão de um prazo apertado, até mesmo revés ou desafios no trabalho pode ser uma ótima maneira de criar uma equipe mais unida e com objetivo único.
Não se esqueça que é igualmente importante que seus colaboradores notem e percebam que você também é uma pessoa passível de erro igual a todos os outros. Seja sincero e sempre busque a transparência como um fator motivacional dentro da companhia.
Essa medida pode fazer parte da sua imagem pessoal, o que é essencial para quem deseja crescimento profissional.
Coloque as pessoas antes do resultado
Ter resultados acima da média é sempre o que todos estão procurando. Entretanto, é preciso compreender por que às vezes a meta não são alcançadas da forma esperada, e para isso, é fundamental conversar com os responsáveis.
Será que os objetivos eram realistas? Quais foram as mudanças que afetaram o trabalho? Foram problemas pessoais? De saúde? Incapacidade? Falta de pessoal? De ferramentas?
Conversar com as pessoas pode simplesmente abrir esse leque de respostas. Isso ajuda a definir novos planos e até mesmo as novas alterações dentro da estrutura organizacional, se for preciso.
O importante é que quando colocamos pessoas em primeiro lugar, sempre temos a possibilidade — e oportunidade — de entender quais são os processos que precisam de apoio ou de ajustes para que objetivos cada vez maiores sejam conquistados.
Além disso, seu colaborador ficará feliz em saber que suas preocupações serão ouvidas (e atendidas) e é bem provável que sua performance no trabalho dê o salto que todos esperam.
Inclusive, aqui também surgem oportunidades para o líder motivar e ajudar a alavancar os resultados de todos os envolvidos.
A coerência do líder empático
Mais do que se colocar no lugar do outro, ser uma liderança empática é prezar por coerência. Ou seja, o líder empático é aquele que lidera pelo exemplo. Podemos dizer que é impossível fazer outra pessoa acreditar que você se importa de verdade com o que se passa com ela, caso o seu discurso esteja desassociado de suas ações.
Pensando nisso, se o momento em sua organização for de busca por alcançar grandes metas, seja você um exemplo em termos de produtividade. Faça mais pelo seu time do que ele faz por você. Não há jeito melhor de manter uma equipe engajada.
Ao mesmo tempo, é importante não exagerar na dose. Puxar a produtividade de sua equipe até a exaustão pode ser perigoso. Por isso, tente combinar momentos de grande estresse a uma recompensa. Isso não se traduz, necessariamente, em maior remuneração.
Em muitos casos, um ambiente saudável, sem mal-estar entre as pessoas, em que o colaborador se enxergue trabalhando por mais tempo, cumpre bem o papel do dinheiro. Chegar a isso sem ser coerente, atributo indissociável da empatia, é muito difícil!
Entenda o que é inteligência emocional
Inteligência emocional é a habilidade de ter sentimentos positivos e saudáveis. É saber lidar com adversidades da melhor maneira, usando sua empatia para manejar situações de conflito. Para isso, é necessário se conhecer, saber suas possibilidades e limites. Entender como você mesmo funciona permite estar em uma posição mais equilibrada.
Em termos práticos, a inteligência emocional é importante para lidar com as pressões do dia a dia. Quando temos uma meta desafiadora em nosso trabalho, por exemplo, tendemos a entrar em um fluxo de pensamento que nos diz a todo momento: “Você não vai conseguir! Você não conseguir! ” Quem nunca se viu em uma situação como essa?
O problema aumenta de tamanho quando esse sujeito do exemplo é um líder. Afinal, o que se espera de alguém que está à frente de um time é que ele saiba exatamente o que fazer, conduzindo bem o ‘barco’ até em momentos de tempestade.
Nesse sentido, uma liderança dotada de boa inteligência emocional sabe que dias ruins são passageiros. Ao mesmo tempo, esse líder concentrará seus esforços em mobilizar todos os recursos necessários para chegar onde precisa, sem gastar tempo e energia, simplesmente pensando que não vai conseguir.
Conheça os benefícios da empatia
Ainda que conseguir ter empatia seja um dos desafios profissionais dos tempos modernos, a busca por essa qualidade é muito justificável, uma vez que ela oferece uma série de benefícios incríveis para as pessoas e o ambiente do trabalho. Sendo assim, se você ocupa um cargo de liderança ou de gestão, não abra mão dessas vantagens.
Uma das principais, por exemplo, é a facilitação da sintonia emocional com os outros funcionários. Dessa forma, fica mais simples compreender suas necessidades e trabalhar em prol da produtividade.
Também é uma forma de consolidar as relações profissionais e de mantê-las por mais tempo, o que ajuda a reter talentos.
Outro ganho considerável é em termos de criatividade, pois você e os outros funcionários serão mais capazes de colocar seus pensamentos e sentimentos no papel e na prática. Ao aprender a experimentar as emoções dos outros, você estará apto a oferecer uma liderança comportamental mais eficiente.
Como saber se você é empático
Muitas pessoas, sobretudo as que ocupam cargos de liderança e de alto escalão, podem ficar em dúvida se a sua equipe e os seus subordinados as consideram empáticas ou apenas temem o seu poder.
Para descobrir qual é o seu caso, você pode seguir as dicas que preparamos abaixo. Confira!
Observe o comportamento dos colaboradores
O primeiro passo para saber se você é empático é observar a comportamento dos colaboradores, afinal, eles são o termômetro para observar como você é encarado e percebido no ambiente organizacional. Analise, por exemplo, se você consegue perceber algum sinal de hostilidade ou de receio no grupo.
Se a resposta for positiva, isso pode significar que você não tem o respeito e a admiração do seu time ou que o local de trabalho está com tensões acima do aceitável. A confiança é a chave para o processo de empatia acontecer e, por isso, converse com os colaboradores mais próximos e busque entender o que está acontecendo.
Perceba como é a comunicação corporativa
Uma boa comunicação corporativa pode ser mais facilmente conquistada se o gestor tiver algumas características, como a própria empatia e uma facilidade em conversar com fluidez, sorrindo e olhando nos olhos. Caso isso ocorra, esses serão sinais bem fortes de que você tem a admiração e o respeito dos seus colaboradores.
Já quando a maior parte da interação corporativa for feita por e-mail, isso pode indicar que você tem sido evitado e temido pelo time. Se esse for o caso, aproveite para anexar em sua rotina alguns hábitos da liderança feminina, como a preocupação genuína com o outro, atitudes conciliatórias e compreensão.
Analise se existem conversas informais
Ao contrário do que alguns gestores mais antiquados pensavam, as conversas informais no ambiente de trabalho são um claro sinal de união, de leveza e de inteligência emocional. Uma equipe que se diverte junta, definitivamente, trabalha melhor e encara o estresse da rotina com mais disposição e praticidade.
Isso também ajuda a fazer com que os funcionários percebam o seu líder como um indivíduo mais compreensivo e humano, se sentindo mais à vontade para expor seus problemas e dificuldades, em busca de uma melhor solução, ao invés de limitarem se a enviar planilhas, números, dados e diretrizes.
Aprender mais sobre o processo de liderança e a empatia no trabalho nos faz enxergar o mundo com outros olhos e, consequentemente, viver melhor em sociedade. Estimule sua equipe a desenvolver essa qualidade, pois isso pode trazer resultados para o grupo mais rápido do que você imagina!
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